sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O poder da música nas baias do escritório

O poder da música nas baias do escritório

O cara na baia vizinha fala sem parar ao telefone. Do outro lado da sala, alguém começa a amaldiçoar uma copiadora emperrada.



 
O poder da música nas baias do escritório
O cara na baia vizinha fala sem parar ao telefone. Do outro lado da sala, alguém começa a amaldiçoar uma copiadora emperrada.
Os fones de ouvido sobre sua mesa subitamente parecem mais atraentes. Será que alguém se importaria se você curtisse sua playlist do iTunes por algum tempo?
Alguns profissionais gostam de ouvir música quando acham que estão perdendo o foco. Eles também plugam seus fones de ouvido para fugir de ambientes ruidosos demais – ou silencioso demais –, ou para trazer um pouco de vida a trabalhos repetitivos.
Em termos biológicos, sons melodiosos ajudam a estimular a liberação de dopamina na área cerebral ligada ao prazer, assim como comer uma guloseima, olhar para algo atraente ou sentir um aroma agradável, explicou o Dr. Amit Sood, clínico de medicina integrativa da Clínica Mayo.
As mentes das pessoas costumam vagar, "e sabemos que uma mente errante é infeliz", afirmou Sood. "Na maior parte daquele tempo, estamos voltados às imperfeições da vida." A música consegue nos trazer de volta ao momento presente.
"Ela te liberta do pensamento unilateral", disse Teresa Lesiuk, professora assistente do programa de terapia musical na Universidade de Miami.
A pesquisa de Lesiuk aborda como a música afeta o desempenho no ambiente de trabalho. Num estudo envolvendo especialistas em tecnologia da informação, ela descobriu que aqueles que ouviam música concluíam suas tarefas mais rapidamente e tinham ideias melhores do que os outros, pois a música aprimorava seu humor.
"Quando você está estressado, as decisões podem ser tomadas com mais pressa; seu foco de atenção fica muito estreito", afirmou ela. "Quando se está num humor positivo, você consegue analisar mais alternativas."
Lesiuk descobriu que a escolha pessoal em música era muito importante. Ela permitiu que os participantes do estudo escolhessem a música que preferissem, para ouvir pelo tempo desejado. As pessoas com habilidades moderadas em seus cargos foram as mais beneficiadas, enquanto especialistas viram pouco ou nenhum efeito. E alguns novatos classificaram a música como uma distração.
Lesiuk também descobriu que, quanto mais velha é a pessoa, menos tempo ela passa ouvindo música no trabalho.
Poucas empresas têm políticas quanto a ouvir música, afirmou Paul Flaharty, vice-presidente regional da Robert Half Technology. Mesmo assim, é bom conferir com seu superior – mesmo se você vê outras pessoas usando fones de ouvido no escritório.

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